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5 FILMES COM FAMÍLIAS NÃO TRADICIONAIS

Faz tempo que o termo família não condiz somente com um homem, uma mulher e filhos. Essa lista reúne 5 filmes que mostram famílias exemplares e que representam toda essa pluralidade que existe nos dias atuais.

PEQUENA MISS SUNSHINE (2006), DIR.: JONATHAN DAYTON & VALERIE FARIS

Uma família desajustada viaja do Novo México para a Califórnia em uma kombi enferrujada para que a pequena Olive, de 7 anos, possa participar de um concurso de beleza de pré-adolescentes. Essa jornada tragicômica de três dias, repleta de surpresas alucinadas que levam à grande estréia de Olive, mudará toda essa família para sempre.


Uma das coisas mais legais sobre "Pequena Miss Sunshine" é que ele é uma das maiores referências quando o assunto é "filme sobre famílias", mesmo trazendo uma totalmente fora dos padrões. Temos o avô viciado em heroína, um adolescente que fez voto de silêncio, uma garotinha "fofinha" que sonha em ser a Miss Sunshine do título e um tio homossexual que tentou se suicidar. Talvez toda essa disparidade entre eles foi que tenha feito esse ser um dos maiores fenômenos do cinema independente, muito pelo boca a boca do público. São inúmeras as lições no caminho dessa viagem e ainda um exemplar de que a união está presente até nas mais estranhas famílias.


MINHAS MÃES E MEU PAI (2010), DIR.: LISA CHOLODENKO

O filme conta a história de dois irmãos que decidem encontrar o homem que doou o sêmen que os gerou, pois ambos são filhos de um casal lésbico. Após a chegada do doador, a harmonia da família fica irremediavelmente abalada.


Todos sabemos que é cada vez mais comum a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, mas infelizmente não existe tanta abordagem do tema no cinema, ainda mais com tanta potência quanto "Minhas Mães e Meu Pai". É uma família normal, com problemas cotidianos e filhos com curiosidades comuns em casos semelhantes. O casal protagonista é interpretado com força por Julianne Moore e Annette Bening, indicada ao Oscar de Melhor Atriz. A direção é de Lisa Cholodenko, que é assumidamente homossexual e namorada da cantora Wendy Melvoin.


A GAIOLA DAS LOUCAS (1978), DIR.: ÉDOUARD MOLINARO

O dono de um drag nightclub é um homossexual assumido e vive com a estrela da sua casa noturna. Mas quando seu filho, fruto de um mau passo dado no passado (20 anos atrás, para ser exato), diz que vai se casar com a filha de um senador e que os pais da noiva decidem conhecer a família dele, as confusões para manter as aparências de uma família tradicional começam.


"A Gaiola das Loucas" é um grande sucesso da década de 70 e que inclusive já ganhou uma versão americana estrelada por Nathan Lane e Robin Williams. É uma sucessão de cenas hilárias de como uma divertida família tenta se encaixar no conservadorismo dos sogros do filho. Essa versão franco-italiana concorreu à três Oscars, incluindo Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado. O original é um clássico, mas a refilmagem também é necessária pela expansão desse sucesso no mundo todo e ainda mais visibilidade para as causas LGBT.



MÃE SÓ HÁ UMA (2016), DIR.: ANNA MUYLAERT


A vida do adolescente Pierre vira de cabeça pra baixo quando ele descobre que a mulher que acreditava ser sua mãe lhe roubou de sua mãe biológica na maternidade. Ele acaba trocando de família, de nome, casa, escola e tem que se adaptar aos costumes dos novos pais.


"Mãe Só Há Uma", é um trabalho menor da diretora Anna Muylaert, feito antes, mas só lançado após o sucesso de "Que Horas Ela Volta?" Temos aqui uma família sendo desestruturada após a chegada do filho roubado na maternidade. Os padrões esperados pelos pais biológicos viram frustrações quando o garoto mostra não se encaixar em nenhum gênero, usando saias, roupas femininas e beijando homens e mulheres. Mais interessante ainda é ver como esse "padrão ideal" de família tradicional exercido pelos pais é capaz de causar tanto deslocamento e frustração no filho criado por eles. Pode não ter a mesma força dos trabalhos anteriores da diretora, mas é um estudo bacana sobre os conflitos do protagonista.



TODA FORMA DE AMOR (2010), DIR.: MIKE MILLS



Oliver conhece a irreverente e imprevisível Anna, alguns meses após seu pai Hal ter falecido. Este novo amor preenche a memória de Oliver com recordações de seu pai.


Como sugere o título nacional, "Toda Forma de Amor" é um filme sobre amor, suas diversas formas e como ele vale a pena em qualquer idade e gênero. O protagonista Olive é filho de Hal, um senhor em tratamento contra o câncer que durante seu aniversário de 75 anos assume ser gay, se relacionando com o quarentão Andy. Gays na meia idade ainda parece ser um ideia tabu e deixada de lado no cinema, sendo gratificante ver o personagem se redescobrindo ao fim da vida, se sentindo feliz e envolvido por amor. Pela sua marcante e cativante performance, Christopher Plummer venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

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