top of page

DICA NETFLIX: HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO (2014)

  • Marcio Picoli
  • 6 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

"Eu Não Quero Voltar Sozinho" foi um curta-metragem de enorme sucesso, lançado em 2010 e que chamou atenção por ser um retrato sensível, apaixonante de um tema até então delicado. O curta fez uma admirável carreira internacional e nacional, levando diversos prêmios por onde foi exibido, além de ter feito parte do Cine Educação - programa que exibe filmes nas escolas em parceria com a Mostra Latino Americana de Cinema e Direitos Humanos. Anos depois, o diretor até então estreante Daniel Ribeiro, retornou com sua ideia para um longa-metragem. No elenco, o mesmo trio de atores do trabalho anterior - Guilherme Lobo, Tess Amorim e Fabio Audi.


O filme não é propriamente uma continuação, mas sim uma extensão do mesmo enredo. Leonardo é um adolescente deficiente visual em busca de sua independência. Seu cotidiano, é basicamente ir até sua escola acompanhado da melhor amiga, Giovana. Sua forma de ver o mundo começa a mudar, quando surge na escola um aluno novo.


Durante boa parte da projeção, presenciamos a super proteção da mãe de Léo, que não o deixa ter a autonomia de ficar sozinho em casa ou ir até a casa da avó sem ajuda, pois acha que ele não tem capacidade. A forma como Hoje Eu Quero Voltar Sozinho trata do assunto (na própria alteração do nome do curta ao retirar a palavra não) já mostra que a verdadeira grande busca de Léo, antes de dar seu primeiro beijo ou encontrar o seu amor, é ter a sua liberdade.


Outro ponto positivo do longa vem da sensibilidade para tratar temas como a sexualidade e a descoberta. O filme é simples e honesto e, assim como o curta, trabalha com a homossexualidade do jeito que ela merece ser tratada: de forma comum, normal e ordinária e não como se fosse algo de outro mundo. Tanto que não vemos muitos conflitos internos em relação aos personagens, pois o que realmente importa é a grande afeição criada um pelo outro, o gênero/sexo não é importante, mas sim o amor.


Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é tão querido e sensível que é praticamente impossível não assisti-lo sem um sorriso no rosto. A despeito de não explorar algumas dificuldades que certamente serão enfrentadas pelo casal, a cena final e a mensagem deixada por ela nos dão a certeza que eles terão força para enfrentar tudo o que esta por vir. É que nem andar de bicicleta: uma vez que apreendemos, nunca esquecemos, pois de tanto tentar e cair adquirimos a experiência necessária para que não falhemos novamente. É exatamente o que vemos em Léo.


Vencedor do Teddy Awards, de Melhor Filme de Temática LGBT, e representante do Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2015.

コメント


POSTS RECENTES

ARQUIVO

Faça parte da nossa Lista de E-mail

bottom of page