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5 FILMES COM CORES NO TÍTULO

AZUL É A COR MAIS QUENTE (2013), DIR.: ABDELLATIF KECHICHE


Adèle é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos da Emma, sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e sua moral vigente.


Abdellatif Kechiche é bastante conhecido pela direção de filmes como "O Segredo do Grão" e "Vênus Negra", mas ganhou maior evidência com "Azul é a Cor Mais Quente". Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o filme foi um verdadeiro sucesso desde sua premiére, bastante comentado, seja pelas polêmicas cenas de sexo, o realismo da relação entre as duas ou pelas qualidades inquestionáveis da produção. Entre elas, a atuação visceral de Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux, cuja cor do cabelo da vida ao azul do título. Adèle foi escolhida em uma audição em Paris, após ser encontrada pela diretora de elenco Sophie Blanvillain, já Léa era conhecida por atuar em diversas produções internacionais e foi escolhida 10 meses antes das filmagens. "Blue" também foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

AMARELO MANGA (2002), DIR.: CLÁUDIO ASSIS


O filme é uma sucessão de curtas histórias envolvendo um bar e um hotel em Recife, que nos releva um mosaico de personagens vivendo em um bairro pobre da cidade. Um açougueiro e sua mulher evangélica, um necrófilo apaixonado pela dona do bar, um homossexual apaixonado por um açougueiro e outros personagens.


"Amarelo Manga" marcou a estréia em longa-metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis, diretor de "Baixio das Bestas" e "Febre do Rato". Como roteirista, temos Hilton Lacerda, que recentemente ficou em evidência com o sucesso queer "Tatuagem". O filme faz uma mistura de personagens na Recife suja da fotografia de Walter Carvalho, seja eles evangélicos fervorosos ou um gay afeminado (o excelente Matheus Nashtergaele). O elenco conta com Dira Paes, Leona Cavalli, Chico Diaz, Jonas Bloch, entre outros. Já o amarelo manga do título, ganha diversas referência durante a projeção e ainda mais sentido na icônica sequencia final. O longa ganhou inúmeros prêmios nacionais e internacionais e foi eleito pela Abraccine um dos 100 Melhores Filmes Nacionais de Todos os Tempos.


PINK NARCISSUS (1971), DIR.: JAMES BIDGOOD & JIM BIDGOOD


O filme retrata o fascinante mundo de fantasia de um jovem homossexual, admirador da música e da moda e amante do requinte e da perfeição.


"Pink Narcissus" é um grande delírio visual de James Bidgood, um artista americano que só tem esse longa-metragem no currículo. Bidgood lançou o projeto depois de filma-lo durante sete anos dentro do seu apartamento, montando seus próprios cenários. A produção é livre de diálogos e por anos teve sua direção não creditada, depois do artista ter achado que os editores mudaram sua visão do projeto. O longa tem apenas 64 minutos, cheio de erotismo, cenas visualmente criativas e ousadas, além de muito pink, óbvio. Um verdadeiro sonho gay!


TANGERINE (2015), DIR.: SEAN S. BAKER


Duas prostitutas transexuais andam pelas ruas de Los Angeles, tendo que encarar várias desventuras, à véspera do natal. Ao mesmo tempo, uma moça explora a cidade de Tinseltown, à procura do cafetão que destruiu seu coração.


"Tangerine" é uma das produções que representam a facilidade de se fazer cinema que o mundo moderno proporciona. O filme foi filmado inteiramente com uma camêra de Iphone 5s, em um projeto corajoso do diretor Sean Baker. Gravado durante o inverno americano, a produção nunca ganha aspectos amodores, fazendo do baixo orçamento, mais precisamente 125 mil, sua maior qualidade. O nome do longa-metragem, óbvio, vem dos tons alaranjados que a luz solar natural proporciona, dando um resultado visual belíssimo. As duas atrizes protagonistas Mya Taylor e Kitana Kiki Rodriguez, ótimas em cena, são transexuais.


SANGUE AZUL (2015), DIR.: LÍRIO FERREIRA


No filme, há 20 anos atrás em uma ilha paradisíaca, um menino foi separado de sua irmã. O menino foi entregue a Kaleb, um motociclista dono do circo Netuno. Kaleb instruí o garoto nas artes do circo, onde se torna Zolah, o Homem Bala.


"Sangue Azul", junto com "O Palhaço", é um dos raros filmes recentes que explora o rico universo circense brasileiro. O longa tem direção de Lírio Ferreira, famoso cineasta de produções como "Baile Perfumado" e "Árido Movie". Ainda que tenha como foco central outro tema bastante espinhoso, "Azul" tem em seus coadjuvantes e nos cenários coloridos uma forte representação do universo LGBT. No elenco, temos excelentes atuações de Daniel de Oliveira, Caroline Abras, Sandra Corveloni, Matheus Nasthergaele, Milhem Cortaz, entre outros. Exibido no Festival de Cinema do Rio e de Berlim.

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